O resultado deixa o Brasil atrás de países como Austrália, Canadá, Japão, Coreia e Finlândia. A boa notícia da pesquisa é que o Brasil está entre os países em que o desempenho dos alunos mais evoluiu de 2000 a 2009.
Foram divulgados nesta terça-feira (7) os resultados da avaliação internacional de estudantes. O programa chama-se Pisa e inclui alunos de 65 países. O Brasil teve um dos maiores avanços, mas ainda está muito longe dos primeiros colocados do ranking.
O programa mede o conhecimento dos alunos, de 15 e 16 anos de idade, em três matérias: matemática, ciências e leitura. O Brasil ficou em 53º lugar entre 65 países, atrás de Austrália, Canadá, Japão, Coreia e Finlândia e na frente do Cazaquistão, Argentina e Albânia.
A melhor pontuação do Brasil foi em leitura. O desempenho das alunas foi melhor que o dos alunos. E as escolas públicas estaduais tiveram os piores resultados. “A gente fica muito agoniado, a sala tem pouca ventilação, é tudo muito abafado, muita gente em cima, e os professores não tão nem aí para o aluno”, comenta a estudante Ana Flávia Brito. “Podia ter aulas praticas, os professores podiam ser bem mais remunerados”, diz outra aluna.
A boa notícia da pesquisa é que o Brasil está entre os países em que o desempenho dos alunos mais evoluiu de 2000 a 2009. Ficamos atrás apenas de Luxemburgo e do Chile. Mas a pesquisa revela também a extrema desigualdade da educação dentro do Brasil.
Os alunos do Distrito Federal, dos estados do Sul e do Sudeste ficaram entre os melhores. O pior resultado foi nos estados de Alagoas, Maranhão, Acre, Amazonas e Rio Grande do Norte.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, defende mais qualidade na aplicação dos investimentos. “Mais recursos mais bem geridos. Não basta mais recursos mal geridos, é preciso combinar mais investimentos e mais capacidade de gestão”, afirma.
Para Cláudio De Moura Castro, doutor em Educação, o Brasil só vai avançar na educação com investimento nos professores. “O professor não aprende nem o que ele vai ensinar e nem aprende a lidar com a sala de aula. Esse é talvez o principal ponto de estrangulamento da educação no Brasil no momento”, destaca.
Fonte JN
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