Número total de mortos na região subiu para 267 pessoas.
As chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro mataram no total 267 pessoas desde terça-feira (11). Em Teresópolis, a cidade mais atingida, morreram 130 pessoas no que o governo do estado chegou a descrever como a maior tragédia da história da cidade. Em Nova Friburgo, morreram 107 pessoas, de acordo com o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Em Petrópolis, os mortos são trinta, a maioria deles no Vale do Cuiabá, no Distrito de Itaipava.
A infra-estrutura da região foi atingida com severidade. Houve falta de luz, telefone e transporte nas três cidades. Bairros inteiros ficaram isolados e só na noite desta quarta-feira (12) equipes de resgate começaram a dar conta da catástrofe em algumas das áreas mais atingidas. Em um desses esforços, foi resgatado com vida, sem arranhões, um bebê de seis meses de idade em Friburgo. À noite, em Teresópolis, as buscas foram suspensas por falta de iluminação.
Multidão se aglomera na porta do IML de Teresópolis para reconhecer corpos de vítimas da tragédia (Foto: Eloy Costa/G1)
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A prefeitura designou dois abrigos para receber desabrigados: o Ginásio Pedrão, no Centro de Teresópolis, com capacidade para 800 pessoas, e um galpão no Bairro Meudon, onde podem ser alojadas 400 pessoas. Os desalojados na cidade são 1280 e os desabrigados, 960.
Oitocentos homens da Defesa Civil e dos Bombeiros atuam em Teresópolis (Foto: Wilton Junior/Agência Estado)
Em Nova Friburgo, a maior parte das vítimas morava no bairro de Conselheiro Paulino. A chuva forte deixou a cidade sem sinal de telefonia, sem luz e sem transporte nesta quarta (12). À tarde, moradores perambulavam pela cidade cheia de lama sem saber o que fazer. O ginásio de uma escola estadual é usado como necrotério.
O trabalho de resgate das vítimas da tragédia causada pela chuva na cidade é reforçado por homens do Grupamento de Busca e Salvamento que atuaram no Morro do Bumba, em, Niterói, em Angra dos Reis e no Haiti. À noite, integrantes desse grupamento resgataram com vida um bebê de seis meses de idade. Também resgatado com vida, o pai dele passou 15 horas soterrado, abraçado ao filho.
Imagem área mostra devastação em área de Nova Friburgo (Foto: Marino Azevedo/Governo do Estado do Rio de Janeiro)
Na vizinha Petrópolis, o cenário é semelhante. No distrito de Itaipava, a água atingiu dois metros e meio de altura em alguns pontos da região. Uma escola no distrito abriga 30 famílias desalojadas.
A Defesa Civil da prefeitura de Petrópolis explica que “toda vez que chove muito nos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, a água que desce da serra provoca o transbordamento do rio Santo Antônio, causando os alagamentos”.
Em resposta a um pedido do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a Marinha colocou à disposição dois helicópteros (um Esquilo e um Super Puma) para o transporte de pessoal e equipamentos dos bombeiros. Esses helicópteros se juntam a outros cinco do governo do estado na missão de carregar equipes e equipamentos serra acima.
O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, está na Região Serrana acompanhando o trabalho de resgate a vítimas. Cabral visita a região na quinta.
Na noite de quinta, a presidente Dilma Rousseff assinou uma medida provisória que destina R$ 780 milhões para os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo atingidos pelas chuvas. Na quinta-feira (13), ela vai sobrevoar de helicóptero a região fluminense.
Fonte G1.globo.com
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